Logo, sentado em frente ao chefe, mirando o seu olhar maligno, comecei a expor minha desilusão; quando ganhei sua atenção, segurei pela asa a xícara e metaforizei minha situação:
- Meu caro – contava eu ao chefe -, ontem à noite chamei minha esposa, ela estava quieta, isto me deixou nervoso. Perguntei o que se passava, o que ela tanto pensava, e emendei Você ainda gostas de mim?
- Claro que sim – ela respondeu –, se não, já teria te dado um pé na bunda.
- Mas então – eu notava indiferença em seu olhar -, o que posso fazer para melhorar e ganhar mais de você?
E então, o que ela disse? – perguntou meu chefe, enquanto eu levava a boca à xícara de café.
E eu perguntei: O que você diria, chefe?
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